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A mostrar mensagens de janeiro, 2015

Autor em destaque - António Torrado

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Terminamos hoje a publicação da História do Dia, de António Torrado. Convidamos os nossos leitores a visitar o site ( http://www.historiadodia.pt/pt/index.aspx )  para continuar a ler as histórias. HISTÓRIA DO DIA - 23 DE JANEIRO Boneco de neve Estava um boneco de neve, na Serra da Estrela, à espera nem ele sabia do quê. Sair donde estava não podia, porque não lhe tinham feito as pernas. E tanto que gostava de conhecer outras paisagens, conquistar mais espaço, alongar a sombra... Só se rebolasse. Deu um jeito ao corpo e descolou de um lado. Deu mais um jeito e descolou do outro. Balançou. Com um novo impulso, rebolou encosta abaixo. - Deixem passar! Deixem passar! - gritava o boneco para os esquiadores que, penosamente, vinham a subir. Se calhasse ir de encontro a um, derrubava-o. Até podia aleijá-lo. - Quero lá saber! -  gritava o boneco, cada vez mais forte, cada vez maior, cada vez mais cheio de si. Um brutamontes. Já não era um boneco, mas uma bola de neve. Dante

Autor em destaque - António Torrado

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Continuamos hoje a publicação da História do Dia, de António Torrado. HISTÓRIA DO DIA - 22 DE JANEIRO O urso dá conselhos No tempo em que havia ursos a rondar os povoados, também havia homens que lhes davam caça com a ajuda de lanças e flechas, porque as espingardas ainda não tinham sido inventadas. Dois amigos acertaram em ir à caça a um grande urso, que andava a assustar os rebanhos. Foram para o mato e ambos prometeram um ao outro que mal vissem o urso o cercariam, um pela frente, outro por trás, porque nisto de ursos brutamontes duas lanças valem mais do que uma. Nisto apareceu o urso. Um dos amigos, esquecido do prometido, logo marinhou por uma árvore acima, deixando o companheiro sem ajuda. O que ficara em terra quase desmaiou de susto. Desmaio, não desmaio... Pelo sim pelo não, lançou-se ao comprido para o meio do chão, onde se deixou ficar, muito quietinho. Ouvira uma vez dizer que os ursos se agoniavam com a carne morta. Fazer de conta que tinha morrido talve

Autor em destaque - António Torrado

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Continuamos hoje a publicação da História do Dia, de António Torrado. HISTÓRIA DO DIA - 21 DE JANEIRO Pancrácia   Era uma vez uma dama, que tinha uma criada meia-zaranza e papa-moscas, que não fazia nada com jeito. Chamava-se a criada Pancrácia. Um dia, a dama teve de ausentar-se de casa por uns tempos e de deixar tudo aos cuidados da Pancrácia. Antes de sair, recomendou-lhe: - Enquanto eu estiver fora, vê bem como cuidas dos meus haveres. a qualquer um, que te apareça, diz sempre "Não". Está bem? - Não - respondeu a criada, muito obediente. A dama percebeu que o recado estava aprendido e saiu mais descansada. Dias depois, bateram à porta de casa. Era ou fazia de conta que era um mendigo. - Senhora, dê-me resguardo, que está muito frio cá fora... - Não - disse a criada. - E uma sopinha quente, para comer aqui, mesmo à soleira? - Não - disse a criada. - Nem uma esmolinha de uns tostões poucos? - Não - disse a criada. Aqui o mendigo começou a perceber q

Autor em destaque - António Torrado

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Continuamos hoje a publicação da História do Dia, de António Torrado. HISTÓRIA DO DIA - 20 DE JANEIRO Podiam ser amigas   Era uma vez uma águia. Era uma vez uma gata. Era uma vez uma porca. A águia teve aguiazinhas. A gata teve gatinhos. A porca teve porquinhos. Como boas mães, procuraram abrigo onde resguardar os filhos. A águia escolheu o alto da ramaria de um frondoso castanheiro. A gata achou um buraco a meio do tronco do mesmo castanheiro. A porca cavou uma toca, nas raízes do tal castanheiro. Eram vizinhas e talvez pudessem ser amigas. Todas as manhãs, a águia voava do seu ninho, à cata de comida para as aguiazinhas. a gata também saltava do buraco e ia caçar para os seus gatinhos. A porca saía da sua toca e procurava castanhas e bolotas para os seus porquinhos. Os respetivos filhos cresciam e engordavam, a olhos vistos. As vizinhas viviam felizes e talvez pudessem ser amigas. Talvez pudessem ser amigas, não fosse a gata uma intriguista. Esta

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Na sequência do destaque dado durante esta semana ao autor António Torrado, passamos a publicar, diariamente, a história referente a cada dia do mês. HISTÓRIA DO DIA - 19 DE JANEIRO Três cavalos   Três cavalos encontraram-se numa cavalariça. Um era castanho, outro era branco e o terceiro era quase amarelo. - Que cor tão ridícula a tua - riram-se o cavalo branco e o castanho. - Não sei porquê. Tenho quatro patas como vocês têm. Pescoço e peito musculosos como vocês têm. Crinas como vocês têm. E relincho como vocês. Isto relinchou o cavalo quase amarelo. Os outros dois cavalos continuaram a rir-se dele. Passaram a noite numa grande troça. O cavalo quase amarelo, para não ouvir-lhes a risota de zombaria, fez-se mula. Isto é: não lhes ligou. Fechou os olhos e adormeceu. No dia seguinte, vieram buscá-los. Os três cavalos iam participar numa corrida. - Partida! - gritou um senhor, levantando uma bandeirinha. Os três cavalos desataram a correr. Ia o castanho à fre

Autor em destaque - António Torrado

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De seu nome completo, António José Freire Torrado, nasceu em Lisboa no dia 21 de novembro de 1939, embora os pais tivessem raízes familiares na região da Beira Baixa. Com a mãe (1 ano de idade) Começou a escrever muito novo, publicando o seu primeiro livro aos dezoito anos de idade. Com os pais (18 anos) Começou por estudar na área das Ciências Económicas, tendo mudado mais tarde para Direito. No entanto, acabou por se licenciar em Filosofia na Universidade de Coimbra. Trabalhou como jornalista, editor e professor do Ensino Secundário, função de que foi afastado na década de 60 por motivos políticos. Dedicou-se então à criação de uma escola infantil e primária – Externato Fernão Mendes Pinto -, onde foram aplicadas novas correntes pedagógicas. Foi professor de Literatura Infantil na Escola de Educadores de Infância de Lisboa (1973/74). Em 1974 ingressou na RTP como chefe do Departamento de Programas Infantis. Monitorou cursos de formação de professores em Portugal,

Livros novos na Biblioteca da Escola Básica nº 2 da Moita

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Ano novo, livros novos! A Biblioteca da Escola Básica nº 2 da Moita tem livros novos à disposição dos seus pequenos leitores.

Provérbios do mês de Janeiro

E eis-nos chegados ao mês de Janeiro. Começa hoje o 2º período letivo, com um dia frio e solarengo. Para retomar as nossas publicações, eis uma lista de provérbios relacionados com o mês em que estamos: - A água de Janeiro, vale dinheiro. - Janeiro quente traz o diabo no ventre. - Ao luar de Janeiro, se conta dinheiro. - Em Janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro. - Os bons dias em Janeiro vêm-se a pagar em Fevereiro. -  A 20 de Janeiro, uma hora por inteiro e quem bem contar, hora e meia vai achar. - Se queres ser bom ervilheiro, semeia no crescente de Janeiro. - Janeiro greleiro, não enche o celeiro. - Em Janeiro sobe ao outeiro. Se vires verdejar, põe-te a chorar. Se vires terrear põe-te a cantar. - Ao minguante de Janeiro, corta o madeiro. - O luar de Janeiro, é claro como um carneiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá pelo rosto. - Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro. - Bons dias em Janeiro enganam o homem em Fevereiro. - Chuva em Jane