CONTARTE - Público
A biblioteca escolar, no âmbito do Projeto Diário de Leitura e Escrita desafiou os alunos e professores a participar na iniciativa do Público - Isto também é comigo!
Os corajosos responderam ao desafio...
EUA autorizam Ucrânia a
usar mísseis de longo alcance contra a Rússia
Foi publicado no Público, do dia dezoito de novembro que osEstados
Unidos vão permitir o uso dos mísseis de alcance ATACMS por parte da Ucrânia,
contra alvos localizados no solo da Rússia, facto que é considerado um momento
decisivo na evolução do conflito. Segundo o jornalista João Ruela Ribeiro este
ato significa “uma alteração na política dos EUA que receava reação musculada
de Moscovo”, mas não podemos deixar de pensar que apesar de ser estratégico,
vai ter, seguramente, custos geopolíticos e humanitários.
A partir da posição da Ucrânia, a imprecisão das informações é um
desafio a ser considerado. É possível alcançar um ponto de viragem na situação
com os cidadãos resistindo aos ataques dos russos, considerando a recente escalada
de tensões na Rússia. Além disso, Kiev está determinada a enfrentar os desafios
impostos pelas forças russas.
A escalada do conflito, geralmente, segue uma dinâmica de saída
linear, e não há garantia de que Moscovo terá a última palavra e controlará
tudo. A Rússia já tentou fazer comentários agressivos para desviar as relações,
acreditando que isso desencadeará uma nova Guerra Fria com a NATO, o que pode
criar, na minha opinião, uma situação bastante complexa.
Além disso, a decisão americana ocorre num momento politicamente
muito sensível. Com Donald Trump, um crítico aberto do apoio à Ucrânia, prestes
a assumir o poder em breve, coloca dúvidas sobre a direção futura da política
externa dos EUA.
Outro fator preocupante é a vulnerabilidade da população civil
ucraniana. A Rússia já retaliou com ataques catastróficos as infraestruturas
energéticas da Ucrânia, o que significa a desgraça para milhões de pessoas pois
com quedas de energia e com temperaturas congelantes no inverno que está à
porta, vai ser muito difícil resistir. A escalada do conflito pode agravar
ainda mais essa crise humanitária, tornando os civis, como já é costume, os
danos colaterais de um conflito que parece não ter fim à vista.
Por outro lado, a crescente aliança entre Putin e Pyongyang revela
que este conflito não se limita mais à Europa, mas reflete um mundo cada vez
mais dividido. A expansão da guerra para a região indo-pacífica pode ser
catastrófica, com amplas ramificações económicas e de segurança para o mundo.
Em resumo, embora a permissão para usar ATACMS possa ser percebida
como uma medida necessária para fortalecer a Ucrânia, é crucial que as
potências mundiais não fechem todos os canais diplomáticos. Tal escalada nas
operações militares pode trazer alguns benefícios táticos à Rússia, a curto
prazo.
João F. – 11º A3
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