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A mostrar mensagens de maio, 2020

Sugestão de leitura - História do Coelho Casimiro (4)

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[Pedrito e Casimiro têm de voltar para casa, mas estão carregados com as cebolas. Como irão fazer?] O pequeno Casimiro disse então que não era possível subir pela pereira com aquela carga de legumes. Assim, com ele a abrir corajosamente a marcha, dirigiram-se para o outro lado da horta. Caminhavam por uma estreita passagem feita de tábuas, junto a um muro de tijolo vermelho iluminado pelo Sol. Os ratos, sentados à porta da sua casa a partir caroços de cereja, piscavam o olho para o Pedrito Coelho e para o pequeno Coelho Casimiro. A certa altura, o Pedrito tornou a deixar cair o lenço com as cebolas. O caminho passava agora entre vasos de flores e viveiros de plantas e selhas. Pedrito ouvia cada vez mais ruídos e já tinha os olhos tão arregalados que pareciam dois pires! Ia ele um ou dois passos à frente do primo, quando de repente parou. O que terá acontecido????? Fonte: Beatrix Potter, A história do Coelho Casimiro , Ed. Verbo, Lisboa

Sugestão de leitura - História do Coelho Casimiro (3)

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[Como se devem lembrar, deixámos os dois coelhinhos em cima do muro da horta do Senhor Gregório. Ora bem, os dois malandros decidiram descer até à horta.] - Passar por baixo de um portão estraga-nos a roupa. Para entrar, a melhor maneira é descer pelo tronco de uma pereira - disse o pequeno Casimiro. O Pedrito caiu de cabeça. Mas isso não teve consequências de maior, porque o canteiro, cá em baixo, tinha sido cavado há pouco tempo e a terra estava muito macia. O canteiro estava plantado com alfaces. Os dois coelhinhos deixaram um grande número de estranhas e minúsculas pegadas, principalmente o pequeno Casimiro, que tinha uns tamancos calçados. O pequeno Casimiro disse que a primeira coisa a fazer era recuperar as roupas do pedrito, para poderem usar o lenço de bolso. Tiraram as roupas do espantalho. Tinha chovido durante a noite, de modo que os sapatos tinham água dentro e o casaco encolhera um bocado. Casimiro experimentou pôr a boina de lã, mas era grande

Sugestão de leitura - História do Coelho Casimiro (2)

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O Pedrito estava para ali sentado, sozinho. Tinha um ar infeliz, assim todo embrulhado num lenço de bolso encarnado, de algodão. - Pedrito - disse o pequeno Casimiro num sussurro -, quem é que tem as tuas roupas? - É o espantalho da horta do Senhor Gregório - respondeu o Pedrito. E contou como tinha sido perseguido pela horta fora e deixara cair os sapatos e o casaco. O pequeno Casimiro sentou-se ao lado do primo e sossegou-o, dizendo que o Senhor Gregório e a Senhora Gregória tinham saído no cabriolé. E quase de certeza iam estar fora o dia todo porque ela levava o seu chapéu mais bonito. Pedrito disse que só queria era que desatasse a chover. Nesse momento ouviu-se a voz da Senhora coelha, de lá de dentro da sua toca, a gritar: - Rabinho-de-Algodão! Ó Rabinho-de-Algodão! Vai-me apanhar mais macela! Pedrito disse que talvez ficasse melhor se fosse dar um passeio. Seguiram os dois de mão dada e, chegados ao fim do bosque, treparam para cima do muro que ali

Ser Encarregado de Educação a 360º - Segurança online

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A transição para o ensino à distância também veio colocar desafios aos Encarregados de Educação e famílias dos milhares de alunos por todo o país. Como encarar o novo modelo de ensino? Será que as nossas crianças e jovens estão seguros? Aqui ficam os recursos do último webinar transmitido pela Escola Virtual e dinamizado por Marco Bento.  Clicar na imagem para aceder ao recurso Se quiser assistir à apresentação no Youtube, clique na imagem abaixo.  

A dinâmica do jogo como estratégia de aprendizagem

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Voltamos a partilhar recursos relacionados com o ensino à distância. Carlos Pinheiro falou-nos sobre a gamificação no ensino-aprendizagem no webinar da Leya Educação transmitido ontem. Clicar na imagem para aceder ao recurso   Se quiser assistir à apresentação no Youtube, clique na imagem abaixo.  

Ler o Mundo...

As Bibliotecas Escolares têm o gosto de apresentar os trabalhos realizados pelos  os alunos do 11º ano, das turmas A3 e D3 , no âmbito da disciplina de Filosofia, sob a orientação da professora Consolação Alagôa. Este conjunto de trabalhos insere-se na temática  "... a  Filosofia  deve servir para refletirmos sobre  o  todo  " e responde a um  desafio de reflexão lançado pela professora Consolação: "Porque a Escola nos faz falta, deixo-vos [ o poema  ESCOLA ADORMECIDA,  do autor Fernando Alagôa ] , para lerem e refletirem, sobre tudo o que a Escola é, para todos nós. " Partilhamos  aqui os belos textos e poemas elaborados por estes alunos.  ... PARA PENSAREM!!! Poemas: O Vírus  e a Escola    de Maria S. Eu já estou farto   de Rafael F. Ainda de Manhã  de Ana S. Eu não posso  de Lucas P. Querida Escola como vais?  de Tatiana A. Moita não têm beijos   de Diogo M. O Lar da Sabedoria   de Luíz G. Textos: Com o vírus a espalhar...   d

Sugestão de leitura - História do Coelho Casimiro (1)

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Certa manhã, estava um coelhinho sentado num talude. Arrebitou as orelhas ao ouvir o trite-trote, trite-trote de um pónei. Pela estrada fora, vinha um cabriolé, que é um carro de duas rodas puxado por um cavalo. A conduzir ia o Senhor Gregório e, ao lado dele, sentava-se a Senhora Gregória com o seu chapéu mais bonito. Assim que eles passaram, o pequeno Coelho Casimiro deixou-se escorregar para a estrada e, saltando, correndo e pulando, dirigiu-se para casa dos seus parentes, que viviam no bosque por trás da horta do Senhor Gregório, para lhes fazer uma visita. Esse tal bosque estava cheio de tocas de coelho. E na toca mais bonita e asseada de todas vivia a tia de Casimiro e os seus primos - Mopsi, Flopsi, Rabinho-de-Algodão e Pedrito. A Senhora Coelha era viúva. Ganhava a vida a tricotar luvas de lã de coelho (uma vez comprei um par numa quermesse). Também vendia ervas de cheiro, e chá de rosmaninho, e tabaco-de-coelho (que é aquilo a que nós chamamos de alfazem

Sugestão de leitura - História do Pedrito Coelho (6)

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Pedrito desceu do carrinho de mão sem fazer barulho, e deitou a correr o mais depressa que pôde, por um carreirinho ao lado das groselheiras. O Senhor Gregório avistou-o na curva, mas Pedrito não se importou. Deslizou por baixo da cancela, e finalmente estava a salvo no bosque, do lado de fora da horta.  O Senhor Gregório pendurou num pau o casaquinho e os sapatos e fez com eles um espantalho para meter medo aos melros. Pedrito nunca deixou de correr nem olhou para trás até chegar a casa, que ficava debaixo do abeto grande. Estava tão cansado que se deixou cair na areia fofa do chão da toca e fechou os olhos. A mãe estava atarefada a cozinhar, e cismou no que teria ele feito da roupa. Era o segundo casaco e o segundo par de sapatos que Pedrito perdia em quinze dias! Tenho muita pena de lhes dizer que Pedrito não se sentiu nada bem nessa noite. Amãe meteu-o na cama, fez-lhe chá de macela [camomila] e deu-lhe uma dose. - Tomar uma colher de sopa cheia a

Sugestão de leitura - História do Pedrito Coelho (5)

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Depois, [Pedrito] tentou encontrar o caminho para sair da horta, mas cada vez estava mais atrapalhado. De repente, foi ter a um tanque onde o Senhor Gregório enchia os regadores. Um gato branco sentado muito quieto, muito quieto, tinha os olhos fitos nos peixes vermelhos, mas de vez em quando a ponta do rabo remexia como se estivesse viva. Pedrito achou melhor ir-se embora sem lhe falar; tinha ouvido coisas sobre gatos que lhe contara o primo Casimiro Coelho. Voltou para trás na direção do barracão, mas, subitamente, muito perto de si, ouviu o ruído de um sacho: scr-r-ritch, scratch, scratch, scritch. Pedrito escondeu-se debaixo de uns arbustos. mas daí a pouco, como nada acontecesse, saiu, trepou para cima de um carrinho de mão  espreitou. A primeira coisa que viu foi o Senhor Gregório a sachar cebolas. Estava de costas voltadas para o Pedrito, e atrás dele ficava a cancela! Como irá o Pedrito sair da horta???? Fonte: Beatrix Potter, História de Pedrito Coelho

Sugestão de leitura - História do Pedrito Coelho (4)

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[O Senhor Gregório] ia já pôr-lhe um pé em cima, quando Pedrito saltou por cima de uma janela, fazendo cair uns vasos de flores. A janela era grande de mais para o Senhor Gregório passar, ele já estava cansado de correr atrás do Pedrito. Voltou então ao seu trabalho. Pedrito sentou-se a descansar; estava sem fôlego e a tremer de medo, e não fazia a mais pequena ideia do caminho a seguir. também estava encharcado por se ter metido naquele regador. Passado um bocado começou a cirandar por aqui e por ali, tic tic tic, sem correr mas a olhar para todos os lados. Descobriu uma porta num muro, mas estava fechada à chave e não havia espaço para um coelhinho gorducho se esgueirar por debaixo dela. Uma rata velha corria de cá para lá entre a porta e o degrau de pedra, acarretando ervilhas e feijões para a família que morava no bosque. Pedrito perguntou-lhe o caminho para a cancela, mas a rata levava na boca uma ervilha tão grande que não pôde responder. Apenas abanou a cabeça.

Sugestão de leitura - História do Pedrito Coelho (3)

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Ontem deixámos o Pedrito Coelho preso na rede das groselheiras, lembram-se? O que terá acontecido a segguir? Pedrito sentiu-se perdido, e desatou a chorar com lágrimas enormes, mas os seus soluços foram ouvidos por uns pardais simpáticos que voaram para o pé dele muito aflitos, pedindo-lhe que fugisse. O Senhor Gregório apareceu com uma peneira na intenção de a deitar em cima da cabeça do Pedrito, mas Pedrito escapuliu-se mesmo a tempo, deixando ficar só o casaco.  E fugiu para o barracão das ferramentas, pulando para dentro de um regador. Teria sido um bom lugar para se esconder para se esconder se não tivesse tanta água. O Senhor Gregório tinha a certeza de que Pedrito estava dentro do barracão, metido em qualquer canto, talvez escondido debaixo de uma vaso. Começou a virar os vasos todos, cautelosamente, e a espreitar por baixo de cada um. De repente, o Pedrito espirrou: atchim! No mesmo instante o Senhor Gregório correu atrás dele. E agora? Fonte: Beatrix Potter

Ganhar tempo no ensino à distância

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Como fazer para ganhar (a professores e alunos) no ensino à distância. Foi esse o tema do último webinar da Escola Virtual , dinamizado por Elisabete Jesus.  Clicar na imagem para aceder ao recurso Se quiser assistir à apresentação no Youtube, clique na imagem abaixo.  

Dia do Autor Português - Luísa Ducla Soares

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O dia 22 de maio está consagrado como o Dia do Autor Português. Aqui partilhamos um poema de um dos grandes nomes da Língua Portuguesa, Luísa Ducla Soares. Os sons e as palavras Vibram os sons pelo ar, cantam nos nossos ouvidos. Vamos lá desencantar palavras que são ruídos. Pim, pim, pim, pinga a chuva, chap, chap, chap, chapinha o pato,  zum, zum, zum, zumbe o mosquito, miau, miau, miau, mia o gato. Mu, mu, mu, muge a vaca, piu, piu, piu, o pinto pia, cá, cá, cacareja a franga, chi, chi, chi, o rato chia. Ron, ron, ron, ronrona a gata, tlin, tlin, tlin, tilinta o sino, tam, tam, tam, faz o tambor, toca um i o violino. Cu, cu, cu, o cuco canta, ru, ru, ru, ruge o leão, si, si, si, a cobra silva, bom! bom! ribomba o trovão. tau, tau, tau, levas tautau, su, su, o homem sussurra, ui, ui, uiva a ventania, u, u, u, a fera urra. Tró, tró, tró, lá vai a trote, o cavalo do Leote. Op, op, op, mete a galope, quando, zás, zarpa o chicote. Fecho os olhos

Dia do Autor Português - Eugénio de Andrade

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O dia 22 de maio está consagrado como o Dia do Autor Português. Aqui partilhamos dois poemas de um dos grandes poetas de língua portuguesa, Eugénio de Andrade. Faz de conta - Faz de conta que sou abelha. - Eu serei a flor mais bela. - Faz de conta que sou cardo. - Eu serei somente orvalho. - Faz de conta que sou potro. - Eu serei sombra em agosto. - Faz de conta que sou choupo. - Eu serei pássaro louco, pássaro voando e voando sobre ti vezes sem conta. - Faz de conta, faz de conta. Aquela nuvem - É tão bom ser nuvem, ter um corpo leve e passar, passar. - Leva-me contigo. Quero ver Granada. Quero ver o mar. - Granada é longe, o mar é distante,  não podes voar. - Para que te serve ser nuvem, se não me podes levar? - Serve para te ver. E passar, passar. Fonte: Eugénio de Andrade, Aquela nuvem e outras , Ed. Quasi   Eugénio de Andrade

Manter o foco e a motivação no ensino à distância

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O ensino à distância veio mudar o paradigma da educação. De um momento para o outro vimo-nos obrigados a ensinar/aprender de forma não presencial, através do monitor de um computador. Dos alunos, espera-se que sejam autónomos e realizem as tarefas propostas. Mas, enquanto no ensino presencial há sempre a figura do professor a quem se pode pedir ajuda no momento, agora não é assim. E alguns alunos desanimam, desmotivam-se. Como podemos ajudá-los? Que técnicas podemos propor para que mantenham o foco e a motivação?  Foi esse o tema do último webinar da Leya Educação , dinamizado por Ana Mafalda Lapa.    Clique na imagem para aceder ao recurso   Se quiser assistir à apresentação no Youtube, clique na imagem abaixo.  

Sugestão de Leitura - História do Pedrito Coelho (2)

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Mas o Pedrito, que era muito maroto, correu direito à horta do  Senhor Gregório e esgueirou-se por baixo da cancela! Primeiro, comeu alfaces e alguns feijões, e a seguir comeu rabanetes. Depois, sentiu-se um bocado agoniado e foi à procura de salsa.  Mas ao dar a volta à estufa dos pepinos, quem havia ele de encontrar? Nem mais nem menos que o Senhor Gregório! O Senhor Gregório estava de gatas a plantar couves, mas deu um salto e deitou a correr atrás de Pedrito, brandindo um ancinho e gritando a bom gritar: - Pára, ladrão! Pedrito ficou assustadíssimo; andou às voltas na horta, porque não se lembrava do caminho que ia ter à cancela. Perdeu um dos sapatos no meio das couves e o outro no meio do batatal. Depois de os ter perdido, correu a quatro patas e muito mais depressa e podia ter-se ido logo embora, se por pouca sorte não tivesse caído na rede das groselheiras e ficasse preso pelos grandes botões do casaco. Era um casaco azul com botões de metal, novinho em folha.

Sugestão de Leitura - História do Pedrito Coelho (1)

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Era uma vez quatro coelhinhos que se chamavam                                                                         Flopsi                                                                 Mopsi                                                  Rabinho-de-Algodão                                        e Pedrito. Moravam com a mãe numa duna, por baixo da raiz de um abeto muito grande. - Oiçam, filhinhos - disse certa manhã a Senhora Coelha -, podem ir para o campo e para a azinhaga, mas não entrem na horta do Senhor Gregório, onde o vosso pai foi apanhado: a Senhora Gregória meteu-o num empadão. Agora vão correr à vontade, e não façam maldades. Eu tenho de sair.    Então, a Senhora Coelha pegou num cesto e na sombrinha e, atravessando o bosque, dirigiu-se à padaria. Comprou um grande pão de centeio e cinco pãezinhos com passas. Flopsi, Mopsi e Rabinho-de-Algodão, que eram uns coelhinhos muito bem comportados, foram colher amoras na azinhaga. Mas o Pedrito,

Aprendizagem invertida no ensino à distância

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Continuamos a partilhar com a comunidade educativa recursos relacionados com o ensino à distância. O que é a aprendizagem invertida?  Numa primeira fase, de forma autónoma, o aluno interage e tem o primeiro contacto com o conteúdo, através de diferentes recursos multimédia. Numa fase seguinte, após a interação com o professor, o aluno explora de forma mais profunda os conceitos estudados individualmente sem a presença do professor.  Mas, como proceder? Marco Bento dá-nos algumas pistas no webinar da Escola Virtual .  Clicar na imagem para aceder ao recurso Se quiser assistir à apresentação no Youtube, clique na imagem abaixo.  

Sugestão de leitura - Lenda

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S. Vicente, o padroeiro de Lisboa Vicente nasceu em Saragoça, no tempo em que toda a Península Ibérica pertencia ao Império Romano e a religião cristão ainda estava proibida. Quem se convertesse corria o risco de ser preso, torturado ou até atirado às feras no Coliseu. Apesar do perigo, muita gente se convertia em segredo. Foi o que aconteceu aos pais de Vicente. Batizaram-se a si próprios e ao filho, educaram-no na fé cristã, e ele, quando cresceu, quis ser padre. No ano de 304 o imperador Diocleciano lançou uma perseguição feroz contra os cristãos por todo o Império. Os seus homens receberam ordens para prenderem as pessoas suspeitas. Deviam interrogá-las e obrigá-las a jurar que não eram cristãs. Quem se recusasse seria torturado e morto. Vicente era então um jovem padre. Recusou-se terminantemente a renegar a fé, foi preso, sofreu as piores torturas e acabou por morrer. Os carrascos, em vez de o enterrarem, deixaram o corpo ao abandono no campo para ser comido pelas aves d

Para que servem as histórias?

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As histórias desempenham um papel fundamental no crescimento das crianças. Foi justamente esse o tema do webinar da Leya Educação , dinamizado pelo psicólogo Dr. Eduardo Sá.  Clique na imagem para assistir à apresentação no Youtube  

Sugestão de leitura - Poesia

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Gigões e anantes Gigões são anantes muito grandes. Anantes são gigões muito pequenos. Os gigões diferem dos anantes: uns são um bocado mais, outros um bocado menos. Era uma vez um gigão tão grande, tão grande, que não cabia. - Em quê? - O gigão era tão grande que nem se sabia em que é que ele não cabia! Mas havia um anante ainda maior que o gigão, e esse então nem se sabia se cabia ou não! Só havia uma maneira de dos distinguir: era chegar ao pé deles e perguntar. Mas eram tão grandes que não se podia lá chegar! E nunca se sabia se estavam a mentir! Então a Ana, como não podia resolver o problema, inventou uma solução: xixanava com eles e o que ficava xubiante ou ximbimpante era o gigão, e o anante o que fingia que não. A teoria nunca falhava porque era toda com palavras que só a Ana sabia. E como eram palavras de toda a confiança só queriam dizer o que a Ana queria. Fonte: Manuel António Pina, O pássaro da cabeça , Ed. Quasi 

Sugestão de leitura - Poesia

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1, 2, 3 Um, dois, três, lá vai outra vez o gato maltês a correr atrás da franga pedrês,  talvez a mordesse apenas no pé, o sítio ao certo não sei bel qul é  (quatro, cinco, seis), ou só lhe arranhasse a ponta da crista, e talvez nem isso, seria só susto, ou nem sequer mesmo foi susto nenhum; sete, oito, nove, para dez falta um. Fonte: Eugénio de Andrade, Aquela nuvem e outras , Ed. Quasi  Eugénio de Andrade  

Sugestão de leitura - Poesia

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A sopa de letras Era uma vez um menino que não queria sopa de letras. Podiam lá estar coisas bonitas escritas.  mas para ele era tudo tretas... Podia lá estar escrito COMER, podia lá estar GOIABADA, como ele não sabia ler, a sopa não lhe sabia a nada. Tinha no prato uma FLOR,  um NAVIO na colher,  comia coisas lindíssimas sem saber   mas ele queria lá sabor! Até que um amigo com todas as letras lhe ensinou a soletrar a sopa. E ele passou a ler a sopa toda. E até o peixe, a carne, a sobremesa, etc.... Fonte: Manuel António Pina, O pássaro da cabeça , Ed. Quasi  Manuel António Pina