Sugestão de leitura - História do Coelho Casimiro (1)

Certa manhã, estava um coelhinho sentado num talude.
Arrebitou as orelhas ao ouvir o trite-trote, trite-trote de um pónei.
Pela estrada fora, vinha um cabriolé, que é um carro de duas rodas puxado por um cavalo. A conduzir ia o Senhor Gregório e, ao lado dele, sentava-se a Senhora Gregória com o seu chapéu mais bonito.
Assim que eles passaram, o pequeno Coelho Casimiro deixou-se escorregar para a estrada e, saltando, correndo e pulando, dirigiu-se para casa dos seus parentes, que viviam no bosque por trás da horta do Senhor Gregório, para lhes fazer uma visita.
Esse tal bosque estava cheio de tocas de coelho. E na toca mais bonita e asseada de todas vivia a tia de Casimiro e os seus primos - Mopsi, Flopsi, Rabinho-de-Algodão e Pedrito.
A Senhora Coelha era viúva. Ganhava a vida a tricotar luvas de lã de coelho (uma vez comprei um par numa quermesse). Também vendia ervas de cheiro, e chá de rosmaninho, e tabaco-de-coelho (que é aquilo a que nós chamamos de alfazema).
O pequeno Casimiro não estava lá muito interessado em se encontrar com a Tia.
Deu a volta por trás de um grande abeto e quase caía em cima da cabeça do seu primo Pedrito.



Fonte: Beatrix Potter, A história do Coelho Casimiro, Ed. Verbo, Lisboa, 1990

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